Depois de acabar com todo o terreno que sustentava as casas de uma rua do bairro, construtora se nega a apresentar soluções para os moradores, que vivem sob ameaça de desmoronamento
Desde 2006, depois que a Construtora Pioneira trabalhou em um terreno do bairro Vila Nova Gameleira, em Belo Horizonte, a vida dos moradores de lá não é mais a mesma. As casas estão sob ameaça de desabamento, e não há qualquer sinal de preocupação e responsabilidade da empresa, que depois de algumas notificações decorrentes do problema, desapareceu.
Na última segunda-feira (14), o programa CQC denunciou a construtora por tirar toda a proteção natural que sustentava as casas do bairro. Segundo os moradores da região, “todo o terreno está trincado e a água das chuvas infiltra no solo das casas, causando rachaduras que chegam a mais de 20 centímentos”.
O Secretário de Obras da Região Oeste, Tomás Junqueira, afirmou que “este é um conflito entre particulares e os moradores devem acionar o poder judiciário”. A Construtora Pioneira alegou que não tem responsabilidade sob o território, mas mesmo assim, a prefeitura cobrou da empresa uma multa simbólica de 16 mil reais, que de acordo com o secretário, “não pagam os prejuízos dos moradores”.
Após a denúncia do programa, com determinação do Prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, foi contratada, através da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, a companhia Recuperação Serviços Especiais de Engenharia. A empresa deve elaborar um laudo técnico de estabilidade da encosta da Rua Jaboatão do Bairro Vila Nova Gameleira, com estudo e análise do problema apresentado para posteriormente indicar possíveis soluções.
Indignado com a situação, o jornalista e apresentador do programa, Marcelo Taz, enfatizou: “o Brasil não precisa de tsunami, as casas desmoronam pela própria incompetência da situação”.
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