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#VERDE - BH luta pelo Parque da Lagoa Seca

Mineradora se nega a executar projeto de reestruturação da área afetada e já pretende construir condomínios residenciais para benefício próprio. Enquanto isso, ativistas lutam pelo direito da criação do parque e defendem manutenção da área verde

Imagem: Site 'Pela Criação do Parque Lagoa Seca'

Imagine 5.000.000m2 de área verde, com pistas para corrida, jardins, praça de esportes, campo de pouso para parapente e uma plataforma de salto no topo da Serra do Curral. Esse é um projeto totalmente viável, sem custos para a prefeitura de Belo Horizonte e que deve ser executado por direito seu.

Há mais de cinco anos, uma mineradora se instalou na Lagoa Seca do Belvedere com a promessa de construir um parque ecológico aberto à comunidade para compensar os danos causados ao ambiente da região.

Agora, a empresa responsável pela mineração entrou com um processo para destinar a área coletiva em obras privadas e transformar a área verde em condomínios residenciais. Por isso, o movimento a favor da criação do Parque Lagoa Seca, liderado pela Associação dos Moradores do Bairro Belvedere (AMBB), a Ecoavis – Ecologia e Observação de Pássaros e a Associação Mineira de Meio Ambiente (AMDA), juntamente com deputados e vereadores, luta para impedir que a IMA- Mineração Lagoa Seca consiga o direito de utilizar este espaço público como propriedade privada e cumpra o acordo de “destinar a área de mineração a céu aberto para destinação de uso coletivo público futuro, imediamente ao descomissionamento de cada lavra, bem como apresentar o projeto executivo final com cronograma de execução para a área da mineração”. 

Segundo Ricardo Michel Jeha, diretor da AMBB, a Associação não medirá esforços para a finalização do projeto do Parque com as mesmas condicionantes de 2005, quando a mineração concordou em destinar o espaço para uso coletivo. “Queremos deixar claro que não vamos ceder em hipótese alguma a esta mudança nas condicionantes. É importante ressaltar que a mineração está inserida em área da ZPAM, no contexto da área de Diretrizes Especiais (ADE) do Belvedere e que pertence ao entorno da Serra do Curral. Não há outra destinação mais adequada para esta área que o próprio parque para a região”, enfatizou.

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